Liderança

Você fala só o que deve?


23/06/2023 Carla Mendes

Muitas vezes as pessoas falam bem, sabem impostar a voz, são expressivas, mas não são objetivas. O meio escolhido, o conteúdo a ser usado, é muito importante. As palavras, que são os signos que mais utilizamos, são acompanhadas de expressões corporais, como a forma de falar e a ênfase dada. Tudo isso compõe a mensagem.

Além de tudo isso temos que levar em consideração que há muitas interferências enquanto algo é comunicado. Interferências externas (barulhos, distrações do receptor, falta de interesse etc.) e interferências internas (nossos filtros do pensamento, a escolha das frases adequadas ao nível do receptor etc.). Desse modo, devemos focar na objetividade, para que possamos mitigar os chamados ruídos da comunicação. 

Podemos pensar que isso é muito difícil. Mas não é quando temos clara noção daquilo que queremos comunicar. A palavra-chave é FOCO. Imagine que eu sou a comunicadora e tenho um objetivo na minha cabeça. Peço para que você pense numa cadeira. Ora, cadeira é um signo conhecido e facilmente você irá compreender. 

Mas, o meu objetivo é que você pense em uma DETERMINADA cadeira. Então, preciso te dar mais elementos para que a minha mensagem chegue completa. Então, digo para você pensar numa cadeira que é de madeira, com assento e encosto de palha trançada e que num movimento ela vai para trás e para frente. 

Em qual cadeira você pensou? Na cadeira de balanço da vovó? Isso. Perfeito.

E como uma comunicação pode se perder? 

Quando comunicamos algo que gostamos muito ou sabemos muito sobre o objeto comunicado, podemos cometer um erro muito comum. Subestimar o receptor. Muitas vezes, por não considerar o conhecimento prévio do outro, acreditamos que os elementos oferecidos são pobres e acabamos sendo prolixos, desencaminhando a nossa comunicação.

Como isso ocorre?

Voltemos ao exemplo da cadeira. 

Se eu considero que os elementos que ofereci para você chegar ao meu exemplo de cadeira foram poucos e pobres, e/ou considerar que você não tem conhecimento prévio suficiente para chegar ao meu objetivo – pensar numa cadeira de balanço – acabo enriquecendo exageradamente as informações, me tornando prolixa e te desviando do objetivo da minha comunicação inicial.

Posso te dizer que essa cadeira está numa bela varanda, numa casa de campo, com um lindo pôr do sol. Pronto. Em que você está pensando agora? No pôr do sol? Na casa de campo? Nas suas férias? Na sua infância? Em qualquer coisa, menos na cadeira de balanço. 

Qual a dica? Conheça o seu público. Fale o que ele precisa ouvir. Fale somente o suficiente. Nem mais, nem menos. O melhor caminho para atingir seu objetivo é oferecer recursos imagéticos com histórias, com humor, exemplos, e faça isso com ênfase, com entusiasmo, presença e dessa forma irá alcançar o seu público de maneira efetiva e eficaz.

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Como chegar ao sim com você mesmo


13/04/2023 Osmar Cardoso Junior

Negociar é a arte de chegar a acordos convenientes para todos, resolver conflitos, criar alternativas que satisfaçam as necessidades de ambos os lados. Pressupõe-se que numa resolução ou acordo sempre há dois ou mais lados envolvidos, que buscam sempre a melhor escolha para si, ou ainda nos casos de maior maturidade ou altruísmo, busca-se a relação ganha-ganha. Essa deve ser a máxima que rege o bom negociador, certo?

O que não nos damos conta é que a primeira busca de chegar ao sim, antes de estudar e analisar a outra parte, é a busca do SIM consigo mesmo. Negociamos para chegar a um acordo, para conseguirmos o que queremos. Essa reflexão deve acontecer primeiramente com a parte mais importante: nós mesmos!

Willian Ury, com o já consagrado “Como chegar ao SIM”, nos mostrou que a busca por bons acordos e resoluções sempre deve levar em conta a satisfação dos dois lados. A reflexão conseguinte parece óbvia, mas deve responder à pergunta: Como chegar ao sim com você mesmo?
Através de uma jornada de seis passos ele nos guia a buscar esse que é o mais difícil dos acordos, nossos próprios sabotadores.

  • Coloque-se no seu lugar: compreender a fundo seu adversário mais poderoso, você! Buscar o autoconhecimento nos ajuda a entender nossas necessidades básicas e nos torna mais coerentes nos processos de decisão.
  • Desenvolva sua BATNA (Best Alternative to a Negotiated Agreement) interior: é saber o que lhe é caro, e assumir que o responsável maior por cuidar dos seus interesses é você mesmo, saiba a hora de sair, quando isso lhe prejudicar.
  • Reenquadre seu panorama: mudar a maneira como você vê a vida, criando suas próprias fontes de satisfação, a vida nem sempre é gentil conosco, veja o lado positivo desses aprendizados.
  • Mantenha-se no presente: não se apegue a ressentimentos ou a preocupações futuras, viva o presente e usufrua desse presente que é a vida.
  • Respeite o outro: reagir com comportamentos iguais ao que recebemos é da natureza humana, surpreenda o outro com respeito e inclusão, mesmo que seja uma tarefa difícil, isso lhe fará bem.
  • Saiba dar e receber: num ambiente de escassez é comum cairmos no egoísmo e instinto de sobrevivência, onde pensamos que precisamos ganhar e satisfazer a nós mesmos primeiro, seja gentil e permita-se dar primeiro para receber depois.

 

Entender a sublime arte da negociação é um processo que requer estudo, experiência, vivência e até um certo grau de sagacidade. Ao entendermos que o primeiro acordo, feito com nós mesmos, deve obedecer ao princípio do ganha-ganha, teremos a exata noção de como nossos valores nos ajudam a entender a outra parte, usando empatia e respeitando os valores e as necessidades desse. Nessa negociação consigo mesmo, praticar os seis passos te deixará em vantagem com o lado mais importante: VOCÊ!

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Liderar é um ato relacional


16/03/2023

Liderar é um ato relacional porque envolve mais que estar à frente de uma equipe, sendo necessário desenvolver uma série de competências e ainda colocar em prática habilidades que estão diretamente ligadas a pessoas.

De fato a liderança é termo de estudo há vários anos, com “ondas” diferentes marcadas por características de cada época histórica.

A partir de 1960, o enfoque era sobre as contingências e os aspectos comportamentais. Porém, naquele tempo ainda existia a ideia de liderar por meio da recompensa, da punição e das trocas.

Neste artigo você vai entender efetivamente como a liderança é trabalhada atualmente, mas não apenas isso, também vamos falar sobre esse ato relacional citado no título e que será mais desenvolvido com o passar dos anos.

Boa leitura!

A liderança na história – como as mudanças causaram tanta revolução?

Liderar é um ato relacional

Liderar é um termo antigo, que surgiu por volta de 1911 com Frederick Winslow Taylor, sendo aplicado à administração.

Próximo dessa época, temos a primeira onda da liderança baseada na psicologia Freudiana.

O resultado foi uma percepção de características pessoais que dependiam de cada personalidade.

Porém, ao longo da história, novos conceitos começaram a surgir, dentre eles as tipologias de liderança. Isso ocorreu entre as décadas de 1930 e 1970. Neste período havia um interesse maior em pesquisar e categorizar os conteúdos, devido a dinâmica dos estudos e descobertas.

Como resultado, o ser líder não era algo completo, mas muito bem dividido a partir de estilos.

Já no início de 1960, a liderança começou a atingir novos patamares, chegando a aspectos comportamentais, ou seja, não era mais uma questão de personalidade, mas sim de comportamento.

Não à toa, foi neste momento que se intensificou a ideia de que os líderes deveriam atuar a partir de trocas, recompensas e/ou punições.

Em seguida chegou-se à época visionária e com uma percepção mais ampliada de futuro.

Depois da década de 1970, novas teorias começaram a surgir sobre o tema, mudando a forma como os líderes eram vistos e quais eram as habilidades essenciais a eles.

Os estudos dessa fase incluíram diversas alegorias, até com líderes sendo comparados a super-heróis. De lá para cá, novas ideias foram sendo desenvolvidas, muitos estudos chegaram a novos resultados e o conhecimento só progrediu.

Ou seja, todo o contexto histórico de cada período do tempo deu base para a ideia de liderança que temos hoje, com todos os seus princípios, mas, ao mesmo tempo, é apenas uma base, visto que a prática mudou muito e existem mais teorias, conceitos, métodos e ações.

Portanto, liderar é estar à frente, ser o exemplo, focar na inovação e não permanecer em uma bolha de conforto.

Liderar é um ato relacional

Liderar é um ato relacional

O que seria então a liderança como um ato relacional? É um processo que envolve colaboração, compreensão, entretanto, para entender melhor, é preciso compreender o que se refere cada palavra.

A liderança é definida como o ato de guiar outras pessoas, ser o exemplo e estar à frente, mas não significando ser uma posição de superioridade.
Relacional refere-se ao processo de colaboração estabelecido entre duas ou mais pessoas que têm algum tipo de ligação, neste caso, a relação refere-se ao ambiente de trabalho, organizações ou equipes.

Por outro lado, o ato relacional também pode ser compreendido quando aplicado a empresas que possuem muitos departamentos. Neste caso, as relações de trabalho são privilegiadas e funcionam unicamente através da colaboração, gerando uma completa igualdade.

Em outras palavras, é como se não existisse uma liderança, mas várias pessoas que contribuem para o equilíbrio e funcionamento da empresa.

Geralmente, o que acontece nessas situações é que existe o líder, que tem a posição afirmada.

Ao mesmo tempo, todos os outros colaboradores são tão importantes quanto e podem liderar outras pessoas.

Liderar é um ato relacional que abrange teoria e prática

Liderar é um ato relacional
Pode ser que você ainda esteja um pouco confuso sobre a relação entre liderar e o conceito de relacional, sendo assim, é importante considerar toda a teoria e como isso funciona na prática.

A teoria diz que liderar é um ato relacional porque envolve a colaboração mútua dos envolvidos.

Em resumo, isso pode ou não resultar em uma equidade entre os colaboradores. Mas na prática, isso significa que o líder deve ter foco nas relações, , valorizando o que cada um dos colaborados tem a dizer e oferecer.

Com essa percepção dá para entender que vai além da “posição”, pois envolve as habilidades, estratégias e competências do líder.

Tanto a teoria quanto a prática são voltadas para uma das aptidões mais essenciais em trabalhos em equipe: a escuta.

Antes de tudo, é preciso ouvir o outro sem que exista qualquer tipo de julgamento prévio, interrupções ou falta de respeito.

Mais a fundo, é preciso ter a empatia de entender e a inteligência emocional para compreender as situações mais adversas.

Dessa forma, liderar é um ato relacional porque não permite a personalização de críticas e valoriza o indivíduo, então, é possível avaliar, considerar as perspectivas e os contrastes nos discursos, nas ideias e nas opiniões.

O papel do líder além da gestão de pessoas

Não é incomum pensar que o líder é o profissional responsável por gerir uma equipe, afinal, essa é uma das funções profissionais para motivar, manter os prazos, evitar erros e dividir tarefas.

Entretanto, liderar é um ato relacional pois vai além disso, é escutar e falar de forma a evitar e/ou resolver conflitos, mas não é apenas isso, é também prever situações, estar presente nos processos e ser o bom exemplo a ser seguido pelos demais.

Ou seja, tudo é uma relação de colaboração.

Sempre que um deixa de fazer o seu papel dentro da empresa, o outro pode ficar sobrecarregado e novos manejos podem ser necessários, cabendo ao líder elaborar uma reorganização para manter a ordem. Ou seja, um trabalho em conjunto.

Depois de ler este conteúdo, é certo que você encontrou algumas respostas que estava procurando. Aproveite e compartilhe o que achou com a gente.

Grande abraço e até o próximo tema!

Leia Também: Jeito feminino de liderar

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Jeito feminino de liderar


08/03/2023 Carine_Andrade

Sensibilidade ou Firmeza? Que tal os dois?

Outro dia me perguntaram em que momento da minha carreira se eu me senti verdadeiramente líder.

Não precisei pensar muito para reviver o momento em que me deparei com a reponsabilidade e o peso do crachá de gestora que carregava no peito e respondi:

– No dia em que todos os meus colaboradores pediram as contas no mesmo momento.

A vontade de fazer dar certo a todo custo, a imaturidade dos meus 23 anos, da primeira oportunidade de liderar e a referência dos meus antigos gestores, me fizeram acreditar que adotar uma postura completamente masculina, dura e abafar o meu jeito feminino de fazer negócios seria a forma mais próspera de ascender minha carreira como líder. Literalmente, junto com minha função na carteira de trabalho, troquei também a sensibilidade por frieza e enrijeci.

O fato de ser mais jovem e menos experiente do que a minha equipe me deixava muito insegura, então não deixava as pessoas se aproximarem, acreditava que se eu estendesse a mão elas tomariam meu braço. A forma de mostrar quem estava no comando foi me tornando inflexível, intocável e focada somente nas tarefas de rotina. Apagava incêndios o dia todo, não me permitia ouvir e não tinha tempo para refletir e planejar.

Tudo ia bem, as metas estavam dentro do esperado e em uma manhã que prometia ser só mais um dia de trabalho, fui surpreendida por um pedido de demissão em massa e quando o ponteiro do relógio marcou 8:30, pela primeira vez, as portas da minha empresa não abriram.

Naquele exato momento aprendi que os 3Ps da gestão na verdade são um só: PESSOAS! Sem pessoas não há processos e os produtos não fazem a menor diferença. Aprendi também que o maior erro que uma mulher, em cargo de liderança, pode fazer é deixar de ser autêntica e congruente consigo mesma, negando os diferenciais que a energia feminina traz na hora de liderar e engajar pessoas.

Alguns anos se passaram desde aquele trágico dia e volta e meia ainda me deparo com mulheres que perderam sua autenticidade e optaram por adotar comportamentos totalmente masculinos para crescer profissionalmente, trocaram a sensibilidade por frieza para parecer mais fortes, seguras e semelhantes aos seus gestores. Muitas delas trocaram suas famílias por carreiras brilhantes, por mais uma especialização, acreditando que isso anularia o “telhado de vidro” ou “barreira invisível” que infelizmente ainda existe em muitas organizações quando o assunto é Liderança Feminina.

Falo disso com propriedade, pois já fiz essas trocas e perdi as contas de quantas vezes “bati no telhado de vidro” até entender que, de fato, ele existia.

A dedicação e o interesse no sucesso profissional faz com que as mulheres busquem mais qualificação. Mais preparadas elas vêm se despontando nos cargos de liderança, e diante de um cenário pandêmico, desconhecido e imprevisível, nos deparamos com vários estudos que apontaram que as empresas que melhor se adaptaram às inúmeras formas de crises enfrentadas nos últimos tempos foram aquelas que tinham mulheres em cargos de liderança. Elas demostraram ter conhecimento, mas principalmente demostraram que através de seus valores e da forma de gerir suas vidas, carreiras e negócios, conseguem criar ambientes saudáveis e favoráveis à geração de resultados.

Em uma visita ao Brasil, Raj Sisodia, Fundador do movimento Capitalismo Consciente, que incentiva as empresas a se pautarem por um propósito e não somente pelo lucro, diz em entrevista que: “Os líderes precisam ser mais femininos”, enaltecendo os comportamentos e características do jeito feminino de atuar no mundo corporativo.

Mas, o que seria esse jeito feminino de fazer negócios? 

Características e diferenciais do jeito feminino de gerir a vida e negócios

 Intuição feminina: mulheres têm esse sentido apurado, pois enxergam a ação de dentro. Sentem primeiro, agem depois. Trazendo isso para o mundo corporativo, significa mais equilíbrio na tomada de decisões como, por exemplo, nas contratações e demissões. É usar e abusar das ferramentas táticas para buscar mais assertividade, mas escutar o que vem de dentro, o feeling, o sexto sentido, para quando o óbvio se mostrar questionável.

Mulheres tendem a perceber com mais rapidez quando algo não está alinhado e usam a intuição para tomar o caminho mais justo a ser seguido. Elas entendem que nem tudo está escrito e enxergam além do que os olhos podem ver. Sabem que no mundo dos negócios, muitas vezes, o que sustenta a empresa é aquilo que ninguém vê, elas apreciam as flores (resultados) e não esquecem de regar as raízes (Cultura organizacional).

 Coletivo: no mundo corporativo muito se fala em diferenciais competitivos da organização. Quando há mulheres em cargos de liderança, além do diferencial competitivo, a empresa tende incorporar à sua cultura organizacional o diferencial colaborativo, uma vez que quando uma mulher é promovida ela não vai sozinha, ela gera, através do seu reconhecimento, oportunidade e visibilidade para outras mulheres, gerando assim senso de pertencimento e engajamento entre as partes envolvidas.

O diferencial aqui está na forma de gerenciar tarefas. Com o foco na produtividade, homens tendem a dividir tarefas para somar, já a mulher, pensando na união como meio para melhores resultados, soma para dividir, beneficiando um maior número de pessoas.

 Ordem no caos: sabemos que uma das práticas mais adotadas pela organização, tanto para questões relacionadas à criatividade como para solução de problemas e planejamento é o brainstorming, que é quando deixamos vir à tona o melhor das pessoas, gerando um verdadeiro “caos de ideias” que depois é colocado em ordem pela condução de um líder. Quem melhor do que uma mulher para colocar a casa em ordem? Na empresa não é diferente. Mulheres lidam muito bem com diferentes pontos de vista, ideias e mudanças, e conseguem colocar tudo nos seus devidos lugares trazendo significado ao caos, facilitando o diálogo e a comunicação. Quando você cria uma visão significativa compartilhada, toca o outro ao ponto de ele querer fazer parte e então temos times mais engajados.

 Beber de várias fontes:

já dizia Juliano Kimura, autor do livro: O Livro secreto das redes sociais – “Vou beber de muitas fontes diferentes pois só quem conhece os sabores da vida saberá o que é bom ou ruim.” Para alguns pode parecer falta de foco, mas para as mulheres é a constante busca pelo novo e desconhecido. Mulheres tendem a buscar conhecimento e respostas em diversas culturas, costumes, metodologias, elementos. Se permitem ir das exatas às humanas em busca de uma resposta própria e única, o que faz com que elas tenham os olhos voltados sempre para o novo, para a inovação. A criatividade aguçada somada às diferentes formas de informação, faz com que elas tenham facilidade em se reinventar e olhar para o mesmo cenário com diferentes pontos de vista, tendo assim mais facilidade de gerir a diversidade de gênero, idades e culturas dentro das organizações.

 Legado: como você quer ser lembrado? Se você é líder provavelmente já se fez essa pergunta. Certa vez um diretor me disse: “Aqui sabemos se o líder é bom quando ele tira férias.” Ele me fez entender que legado é simplesmente a permanência da sua presença diante da sua ausência. Deixar um legado é algo natural das mulheres – quando se pergunta a uma pessoa quem é a referência que a inspira, na maioria das vezes, ela dirá sem pestanejar – minha Mãe.

Mulheres podem gerar vida, oportunidades, negócios, carreiras e legado através da sua própria existência.

Eu poderia citar neste artigo outras tantas características, mas não posso deixar de abordar que mesmo trazendo resultados positivos para as organizações o número de posições de liderança ocupado por mulheres é de apenas 38%, que milhares de mulheres lidam diariamente com o gap do gênero nas suas carreiras, e a instabilidade no cenário econômico faz com o preconceito contra lideranças femininas no mercado de trabalho aumente.

Trilhamos, a passo lento, em direção a semanários mais inclusivos e que diz muito respeito ao quanto as empresas estão sendo pressionadas e contribuindo, porém, ouso fazer minhas as palavras de um dos maiores líderes dos nossos tempos, Mahatma Gandhi, que diz: “Seja a mudança que você quer para o mundo”, e iniciemos essa mudança internamente, não mais boicotando ou escondendo nossos talentos, não mais abafando nossa intuição e nosso jeito feminino de liderar e fazer negócios.

Não deixe que o medo de não saber todas as respostas te impeça de se candidatar a uma oportunidade de promoção. Olhe para si mesma e busque as respostas para o medo de se autopromover. Mulheres costumam se boicotar de 3 formas:

– Pelas palavras, se depreciando sem sequer perceber, tendo dificuldades de aceitar um elogio quando são reconhecidas pelo seu potencial.

– Pela ação ou inação, que é quando você sabe que é capaz, executa mesmo não sendo remunerada por isso, mas não consegue ter atitudes para ir buscar aquilo que de fato já é seu, como por exemplo uma promoção, um cargo de liderança.

– Pelo pensamento. Aqui quero citar uma frase do meu mentor, Alexandre Prates, que explica exatamente o que se passa na mente de quem se boicota por pensamentos: “Tem pessoas que se não fossem elas mesmas seriam muito bem-sucedidas.”

Se permita escutar o que vem de dentro, entenda o que te bloqueia e seja vulnerável, líderes próximas e humanas criam laços e faz com que as pessoas não tenham medo, e sim admiração por elas.

Se você já exerce um cargo de liderança, se apodere do que te pertence e viva intensamente sua liderança, com significado e sem medo de errar, e se errar, assim como eu lá no passado, seja ágil na busca de informações para tomar novas decisões e corajosa para arcar com as consequências. Não fique revivendo as más escolhas, fracassar é apenas um evento, foque no que vem pela frente. Pense que, só erra quem está no jogo. Blinde sua autoconfiança lembrando que, com base na sua trajetória você tem tudo o que precisa para seguir em frente sem a aprovação do outro.

Siga em frente tendo a consciência de que quando uma mulher brilha, ela ilumina o caminho de várias outras.

Leia Também: Desenvolvendo o capital psicológico em seu estilo de liderança

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Desenvolvendo o capital psicológico em seu estilo de liderança


23/02/2023 Mario Rondon

O capital psicológico pode ser caracterizado como uma habilidade natural, que envolve uma série de características que podem ser melhoradas a partir da atenção destinada a elas e treinamento, pois assim você pode se tornar ainda melhor dentro da sua área, com uma capacidade ampliada de avaliação bem como de ação.

Justamente por isso, saber como desenvolver essa habilidade dentro do seu estilo de liderança é a melhor alternativa para a estabilidade e sucesso pessoal e profissional.

Descubra como desenvolver esse capital, e também como identificar as habilidades mais importantes para a sua liderança.

Boa leitura!

O que é capital psicológico – aprenda a reconhecer as habilidades

Desenvolvendo-o-capital-psicológico-em-seu-estilo-de-liderança

Para começar, é importante definir o capital psicológico como um conjunto de características que são empregadas na vida profissional, principalmente, e que torna cada pessoa exatamente como ela é.

Dessa forma, é natural usar termos como “isso é natural do fulano”, “sicrano sempre age dessa maneira no trabalho” ou é o “jeito de ser daquela pessoa”.

O capital psicológico se trata da reunião de todas as suas características e habilidades, mas que se difere do capital humano fazendo referência ao talento.

O foco não está nas suas competências, nos seus estudos ou certificados, mas sim em como você lida no dia a dia com as relações, a confiança, naquele conhecimento intrínseco ou tácito, no seu potencial.

Ao mesmo tempo, o capital psicológico refere-se à sua força pessoal e em como você a usa na sua rotina.

Não é à toa que esse conjunto de habilidades é cada vez mais observado dentro do ambiente de trabalho como uma aptidão essencial.

Indivíduos que apresentam um alto capital psicológico não ficam presos em uma zona de conforto. Eles buscam uma maior satisfação, se comprometem, têm empatia, buscam resultados cada vez melhores e ainda apresentam habilidades importantes para se relacionar.

Ou seja, não são aqueles indivíduos que ficam presos a fofocas, mas os que as evitam e conseguem resolver conflitos com facilidade.

Reconhecendo as características do capital

De maneira geral, existem diversas características que envolvem as habilidades do capital psicológico, e para um melhor entendimento vamos abordar quatro grupos delas:

Autoeficácia

Referente à confiança em si para ocupar cargos, assumir tarefas, alcançar objetivos, lidar com situações adversas etc.

Resiliência

A resiliência refere-se à sua capacidade de se recuperar diante das dificuldades e desafios, de adotar novas estratégias e assim por diante.

Esperança

A esperança é o que permite que você sonhe mais alto e busque mais.

Dessa forma, você é capaz de definir novos e maiores objetivos, perseverar, mudar caminhos e saber quando celebrar.

Otimismo

Por fim, o otimismo permite que você aproveite o agora, sem remoer o passado e sem ficar estagnado pensando no futuro.

Desenvolvendo o capital psicológico em seu estilo de liderança

Desenvolvendo-o-capital-psicológico-em-seu-estilo-de-liderança

Agora que você já está inteirado do assunto, fica a dúvida de como esse capital é aplicado no ambiente de trabalho, considerando o seu estilo de liderança.

O ideal é sempre focar nos quatro grupos citados anteriormente. Isso porque esses elementos já fornecem uma direção, uma forma diferente de liderar e estar à frente de outras pessoas, ajudando e desenvolvendo.

Pense, por exemplo, que todos os profissionais que são altamente resilientes e otimistas, conseguem enfrentar desafios de forma mais saudável. Mesmo quando as dificuldades são extensas.

Isso acontece porque essas pessoas são capazes de criar novos caminhos, buscar novas ideias, aprender com erros, dificuldades e mudar.

De acordo com os estudiosos que desenvolveram esses quatro grupos, Fred Luthans, Bruce Avolio e James Avey, o desenvolvimento do capital traz a liderança positiva à tona. Daí surge a pergunta: como desenvolver esse conjunto de habilidades/características?

Para isso, existem algumas dicas práticas que você pode começar a aplicar na sua rotina agora mesmo.

Capital psicológico é valorizar os integrantes da sua equipe

Todas as equipes funcionam de alguma maneira e, se aquele integrante está ali, é porque você considera que ele tem valor.

Diante disso, é preciso valorizar esses integrantes, principalmente através da voz.

Escute o que eles têm a dizer com atenção, respeite a individualidade de cada um e crie um ambiente de contribuição e acesso mútuo.

Para isso, tenha em mente que é essencial criar um ambiente seguro de fala, com foco no respeito e garantindo que cada um tenha o seu tempo.

Vá além do comum e do esperado

Para desenvolver o capital psicológico, uma dica é sempre ir um pouco além daquilo que é esperado, conhecido e comum.

Ou seja, não fique preso em uma zona de conforto e, como líder, incentive a equipe a fazer o mesmo. Veja novas oportunidades do mercado, novos caminhos e aprendizados que têm o seu valor.

Por exemplo, não é porque a sua equipe atua com marketing que não deve aprender mais sobre outros processos ou ver pontos fortes do mercado.

O capital psicológico é um desenvolvimento contínuo

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Uma dica interessante é entender e mostrar que este capital não é estático, mas está sempre se desenvolvendo. Logo, dá para aprender mais, pensar mais, se adaptar e estar em constante avanço.

Esse processo, de “não ficar estático”, é essencial para que as mudanças aconteçam, para que o novo chegue e você e a equipe não fiquem presos em ideias e tempos passados.

Acredite que todos vocês podem melhorar, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Pontos fortes e fracos devem ser observados

Independentemente do campo de atuação, cada indivíduo possui pontos fortes e fracos e não há qualquer problema nisso.

Dessa maneira, é essencial incentivar o desenvolvimento de novas habilidades, respeitar as individualidades e verificar o que pode ser feito.

Para isso, é essencial valorizar e dar espaço para cada integrante, o que permite o reconhecimento desses pontos para desenvolver e trabalhar novos talentos.

Com esse conhecimento, observe que talvez você seja altamente eficaz na resolução de problemas, mas tem dificuldade em analisar determinadas situações de conflito interno; sendo assim, é possível trabalhar com isso e até identificar algum integrante da equipe que apresente essa característica.

De posse de tudo que você absorveu deste conteúdo, é certo que ficou mais fácil desenvolver o capital psicológico no seu estilo de liderança.

Comente abaixo o que achou e aproveite para compartilhar suas dicas e experiências com os outros leitores.

Grande abraço e até o próximo tema!

Leia Também: Priorize seu cliente

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LIFELONG LEARNING


23/11/2022

A prática do Lifelong Learning é crucial para se alcançar e manter o sucesso em sua vida profissional

 

Se você já acha que sabe o suficiente para sobreviver no mundo profissional, está redondamente enganado.

Descubra por que e como continuar aprendendo a ser a pessoa de sucesso que você sempre sonhou em ser.

LIFELONG LEARNING

 

Se você pesquisar pessoas altamente bem-sucedidas, descobrirá que elas compartilham a filosofia de serem aprendizes ao longo da vida — elas continuam a aprender e crescer. As pessoas malsucedidas pensam: “Já sei o suficiente para sobreviver”.

Assumir um compromisso com a aprendizagem ao longo da vida não é fácil.

A maioria das pessoas tem uma visão negativa da educação continuada, mas isso funciona a seu favor. O que os outros não podem se comprometer é a sua oportunidade.

Todos os dias você se compromete a aprender, crescer e se desenvolver, agregar valor a quem você é e ao que você tem a oferecer.

À medida que você aumenta seu valor, você também ganha as recompensas e compensação de conhecimento, habilidades e renda.

O fato é que se tornar um aprendiz ao longo da vida é uma obrigação se você deseja alcançar e manter o sucesso em nosso mundo em constante mudança.

Para ser um Lifelong Learner de sucesso, comprometa-se desde cedo a expandir seus horizontes, abrindo espaço para novos tópicos de inspiração em sua vida.

Maneiras fáceis de começar a se mover em direção ao sucesso são lendo livros empoderadores e encontrando pessoas inspiradoras para aprender diariamente.

Expandir seu conhecimento se resume a mergulhar mais fundo em suas áreas de especialização.

Comprometa-se a aprender coisas relevantes para seu setor e negócios e comprometa-se a aprimorar habilidades atemporais e aplicáveis ​​que o ajudarão a avançar todos os dias.

Aprender neste nível coloca você em um estado de espírito positivo e inspira você a elevar seus padrões e aumentar seu valor como especialista.

À medida que continuar a aprender, você também aprenderá mais sobre si mesmo e criará uma maior qualidade de vida: maior poder de ganho, mais oportunidades e experiências incríveis.

Quando você se compromete com a aprendizagem ao longo da vida, está criando uma necessidade de melhorar constantemente para que possa obter uma vantagem competitiva nos negócios.

Seu objetivo final deve ser viver uma vida onde você não veja limites porque, com seu conhecimento estendido, você tem as opções para criar qualquer coisa que desejar.

A mentalidade do aprendiz ao longo da vida

LIFELONG LEARNING

Para se comprometer a ser um Lifelong Learner, você deve cultivar a mentalidade certa. Uma mentalidade de aprendizagem ao longo da vida requer curiosidade sobre o mundo.

Uma mente curiosa quer saber mais – anseia por novos desafios, ideias e experiências e não está satisfeita com o status quo.

Quando você tem essa mentalidade, quer crescer, aprender e se desenvolver além da imaginação. Você quer se tornar uma versão melhor e completa de si mesmo.

A mentalidade nessa aprendizagem está sempre aberta a novas possibilidades, e você entende que a única maneira de alcançar seu potencial de sucesso final é estar aberto a qualquer coisa que surja em seu caminho e estar disposto a explorar tudo.

 

Essa mentalidade também permite que você aborde a vida a partir de um lugar de gratidão, onde nada é dado como garantido.

Cada pedaço de conhecimento que você aprendeu é apreciado e respeitado porque você entende que, com o tempo, isso ajudará a transformar sua perspectiva de vida.

Então, como você nutre essa chamada mentalidade de crescimento se ela não vem naturalmente? E como você o segura se já o tem? Siga nossas nove dicas para garantir que sua paixão pelo aprendizado dure por toda a vida.

LIFELONG LEARNING

DICAS IMPORTANTES

 

  1. Aceite a responsabilidade por seu próprio aprendizado.

Todos nós tivemos professores ruins e vários obstáculos que nos impediram de navegar tranquilamente pela educação formal, mas, em última análise, somos responsáveis ​​por nossos próprios resultados de aprendizado. Isso fica ainda mais claro quando terminamos a educação formal e começamos a vida adulta. O conhecimento que você desenvolve está diretamente relacionado ao esforço que você faz para obtê-lo.

  1. Crie sua própria caixa de ferramentas de aprendizado.

Como você aprende? Você ouve podcasts, faz anotações, desenha mapas mentais ou ensaia em voz alta o que aprendeu?

Identifique as ferramentas que você usa para promover seu próprio aprendizado e crie novas para adicionar à sua coleção.

Estar ciente de como você aprende é uma parte importante de ser um aprendiz eficaz ao longo da vida.

  1. Experimente coisas novas regularmente.

Experimentar coisas novas não apenas mantém nosso cérebro afiado, mas também alimenta a mentalidade de crescimento.

Quando você amplia sua perspectiva, começa a perceber que há muito mais para aprender sobre o mundo do que jamais imaginou. Por que não começar a ser voluntário, cozinhar uma refeição de outro país ou experimentar Pilates?

  1. Mantenha uma lista de “aprender” e estabeleça metas.

Pode consistir em idiomas inteiros ou fatos peculiares, desde que seja seu. Há algo de permanente em escrever algo – experimente, você verá a diferença. Além disso, sempre ajuda ter um plano.

É por isso que alguns de nós decidem aprender italiano em seis semanas ou dominar fotografia em seis meses. Identificar e visualizar nossos objetivos nos ajuda a nos tornarmos aprendizes motivados e eficazes.

  1. Faça perguntas quando estiver confuso.

Muitos de nós pensamos que fazer perguntas é um sinal de fraqueza, mas eu digo que é um sinal de maturidade. Se você estiver confiante o suficiente em sua própria inteligência para falar quando precisar de ajuda, não terá problemas para se tornar um aprendiz ao longo da vida – e saberá mais do que saberia se fosse muito tímido.

  1. Coloque em prática.

A aprendizagem baseada em habilidades é inútil se não for aplicada. Estudar pintura não é o mesmo que pegar um pincel. Se o seu conhecimento pode ser aplicado, coloque-o em prática e crie algo.

 

Leia Também: Venda, do jeito certo!

 

 

Referência:
FIELD, J. Lifelong learning and the new educational order tional order. Stoke on Trent, UK. 2000

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Venda, do jeito certo!


17/11/2022 Juliana Pereira

Existe um jeito certo de vender?

Se você é vendedor, gerente ou empresário do varejo, tenho certeza de que este artigo poderá ser um divisor de águas para a sua área comercial. Talvez pareça muita presunção da minha parte afirmar que SIM, existe um jeito certo de vender, mas gostaria de te convidar a fazer a leitura deste artigo para lhe mostrar que jeito certo seria este.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, 61% dos consumidores afirmam que ser bem atendido é mais importante do que o preço ou a qualidade dos produtos.

De acordo com a Popai Brasil, 81% das decisões de compra acontecem quando o cliente já está no ponto de venda. Quando unimos esses dois dados, percebemos o quanto é importante investir esforços em manter não só um ponto de venda atrativo ao cliente, mas uma equipe comercial preparada para receber e converter uma intenção de compra em uma compra efetiva.

 

Por onde começar?

Desenhando um processo. Isso mesmo! Ter um processo definido de atendimento e vendas personalizado e que fortaleça a cultura do seu negócio já será meio caminho andado para o sucesso. Muitos vendedores têm habilidades natas de vendas e isso é indiscutível, mas imagine ter não só um, mas vários vendedores desenvolvidos e adequados a sua cultura, que não só venda, mas encante muito os seus clientes? Muito melhor, não é verdade? Mas para isso, é importante ter um método claro que mostre o caminho a ser percorrido por cada um, que estabeleça rotinas importantes, como elas devem ser cumpridas e claro, junto a tudo isso, acompanhar toda a evolução para futuras correções e ajustes.

 

Conheça a P.O.N.T.E. para o sucesso em vendas

Depois de acompanhar mais de 2 mil empresas de pequeno a grande porte pelo Brasil, de marcas consolidadas nacionalmente e outras apenas regionais, posso afirmar que existe jeito certo sim de vender! Mas jamais vou dizer que seja o único jeito. Mas de uma coisa tenho certeza de que certamente concordamos: gostamos de ser bem tratados em qualquer lugar que frequentamos.

Como é bom nos sentirmos acolhidos e sermos tratados com carinho por onde escolhemos comprar! Isso deveria ser a primeira preocupação de uma equipe de vendas: personalizar o atendimento do início ao fim! Fico pensando como uma pessoa quer vender para alguém, se ela nem se interessa em ao menos saber seu nome, quem é aquele indivíduo, para se aproximar de uma forma mais amistosa. Parece básico, não é? E até é, mas nem esse “básico” vemos por aí! Para te provar, te desafio a entrar em pelo menos cinco lojas de uma mesma rua para avaliar se os vendedores farão isso nos primeiros momentos do seu atendimento. Quem dirá fazer perguntas para ouvir as suas necessidades. Parece que o foco está apenas no resultado de vendas, e não em encantar e agradar o consumidor que é quem gera a receita no final da sua visita.

 

Como podemos encantar alguém?

Superando as suas expectativas. Mas, para conseguir isso, o vendedor precisa investigar de forma sagaz e inteligente o que o cliente precisa, gosta, sonha e até mesmo o que ele nem percebeu que precisava.

Um vendedor deveria ouvir 80% do tempo e falar apenas 20%. Seria muito mais assertivo, pois uma apresentação diferenciada baseada nas necessidades do cliente vai passar muito mais segurança e confiança no atendimento ao consumidor. Além de diminuir em muito as objeções de compra, pedidos de desconto e, claro, uma possível não compra.

Chega de dar desconto e vender preço. Venda a experiência de ter um atendimento diferenciado, venda a solução e não o produto. Negociar com os diferenciais deveria ser uma habilidade a ser praticada todos os dias pela equipe comercial. Mostrar o profissional diferenciado que é, enquanto vendedor e promotor da marca/empresa. Costumo dizer que um excelente profissional tem um fantástico jogo de cintura e capacidade de transformar toda a informação técnica de um produto e serviço em benefícios tangíveis e práticos ao comprador! Mas isso só é possível quando alinhamos conhecimento técnico com identificação das necessidades reais do cliente. Aí fica até mais fácil de agregar novos produtos e transformar ofertas adicionais em vendas.

 

E dá para vender mais?

Basta oferecer! Você sabia que em média 30% do faturamento de uma loja de varejo se trata de ofertas de produtos adicionais feitas por vendedores? Se você ou a sua equipe não se utilizam dessa prática, vocês estão perdendo dinheiro. Se liga!

A partir do momento em que o profissional de vendas está conectado no que o consumidor precisa (foco no foco do cliente) e já estabeleceu um relacionamento de confiança, é a hora de mostrar ainda mais que se preocupa com ele oferecendo serviços adicionais. Chega de “empurroterapia”!

Não venda e não permita que a equipe comercial venda produtos que não farão nada pelo seu cliente. Mostre o que ele irá precisar para complementar a solução já apresentada, mostre o quanto ele irá potencializar os resultados dela ou simplesmente os ganhos que ele terá com este produto ou serviço adicional.

Talvez, neste momento, o vendedor já esteja partindo para o final do atendimento, com grandes chances de fechar a venda se tiver seguido tudo o que mencionei acima. Então é o momento de encerrar com chave de ouro.

Como? Criando formas inovadoras de manter relacionamento com este cliente ao longo da sua carreira como profissional de vendas.

Você já pensou que hoje este cliente pode estar comprando de você um sapato, talvez um eletrodoméstico ou até mesmo um cosmético e amanhã com as reviravoltas da vida, pode ser o futuro comprador de um belo apartamento, se você se tornar um corretor de imóveis?

Por isso, ter um método consistente é como ter uma P.O.N.T.E. firme para te levar com segurança para o lado do sucesso em vendas. Nenhuma delas foi construída do dia para a noite, todas elas exigiram dedicação, tijolo por tijolo, madeira por madeira (ou qualquer outra tecnologia que a sua possa ter). Mas uma coisa é certa: vendas é um processo, e todos nós com o esforço certo e na medida certa, podemos atingir o lado de lá da ponte. Boas vendas!

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Inovar é Simples


28/09/2022 GEORGE ANDRADE

Você sabia que inovação não é apenas disrupção?

Inovar é a execução bem-sucedida de ideias. É quando conseguimos mensurar e avaliar resultados, e decidir sobre continuidade, ajuste ou encerramento do projeto.

Assim como qualidade, marketing, processos, estratégia e tecnologia foram temas nos quais as organizações focaram em décadas anteriores, inovação é um tema que domina o mercado como um todo, porque inovar é preciso para manter a relevância do negócio¹  em um cenário cada vez mais concorrido – independentemente do seu segmento de atuação.

Então, por onde começar a inovação?

Buscar a inovação demonstra para o mercado que a sua empresa não está “parada”. Demonstra que ela está em constante busca pela otimização dos recursos, maximização dos resultados e satisfação dos clientes, seja pela recorrência ou entrada de nova receita.

Indiferente aos termos e nomenclaturas que definem funções corporativas, inovar é a capacidade de gerar valor naquilo que é feito, é sentir-se responsável pelo resultado até o fim do processo, é comemorar o sucesso, aprender com o fracasso e elevar o padrão de desempenho daquilo que é entregue.

A inovação começa no comprometimento com o resultado.

Não importa qual o seu negócio, qual o seu segmento ou sua posição na empresa. Para inovar, é preciso saber qual resultado se deseja alcançar, o quão longe estamos deste objetivo e querer fazer parte desta jornada.

Após uma longa e gratificante jornada corporativa, desde 2017 venho empreendendo, vivenciando e estudando o ecossistema de inovação das startups e avaliando os movimentos das organizações tradicionais na busca por uma cultura de inovação. Durante esse tempo, eu pude perceber três coisas:

1º. Não adianta dar um “banho de startup” nos profissionais corporativos. Quando estudamos a jornada de um empreendedor, sobretudo de inovação disruptiva e negócios escaláveis, podemos perceber claramente o perfil “faca nos dentes” e “sangue no olho”, aquele perfil que busca o resultado incansavelmente, comprometido com o resultado e engajado na jornada.

2º. Todos somos capazes de inovar.

Ter ideias é fácil, com o mínimo de esforço todos conseguimos. E não precisa ter anos e anos de experiencia profissional: é possível pensar em melhorias, pequenos avanços, em mudanças necessárias que gerem resultados melhores e mensuráveis, que possam iniciar um encadeamento de transformações.

3º. É necessário um método cuja soma seja 1 + 1 = 3.

Não adianta dizer “Faça isso ou faça desse jeito” que o sucesso virá. É necessária uma jornada de entendimento e imersão na inovação para a criação de um novo cenário cultural, com percepção clara do resultado que se almeja para então ser construído o melhor caminho.

Para inovar, não é preciso ser nenhum gênio. Basta você:

>> ter uma Ideia >> que vire um Negócio >> ter Ousadia para apresentar a ideia >> demonstrando seu Valor >> e sua capacidade de Ação, de execução >> para alcançar o Resultado planejado.

Inovar é combater o status quo. Ser inquieto, perspicaz, corajoso e ter visão sistêmica, porque a ideia pode gerar algo de resultado muito positivo, mas pode trazer à tona um fracasso não desejado. Um inovador aprende com seus resultados e dos parceiros e concorrentes, ele comete erros novos, se levanta, se fortalece, sacode a poeira e segue.

Os inovadores são fundamentais para a evolução dos negócios e da sociedade, geram benefícios claros para nosso cotidiano e relações humanas, aprendem, desaprendem, reaprendem de forma contínua em sua trajetória profissional e pessoal.

São denominados intraempreendedores quando inovam dentro das empresas que trabalham, ou empreendedores quando inovam e criam algo novo, com diferencial claro que é percebido pela sociedade. Mudam a rota da sua carreira profissional para experimentar, reaprender, estudar e aplicar no mercado novidades inquietas.

Se você deseja ter colaboradores engajados nos objetivos organizacionais assim como as startups de sucesso, não precisa de grandes investimentos para este processo. Basta ter um método capaz de ressignificar a inovação internamente, que demonstre e construa com seus colaboradores as habilidades que todo empreendedor de sucesso possui:

  1. Visão de negócio, afinal toda ideia, para ser válida, precisa gerar um negócio com resultados mensuráveis
  2. Responsabilização e sentimento de dono, ou accountability, pois o inovador é responsável pelo processo do início ao fim
  3. Ser inquieto, entender que por de trás de muitos problemas existem oportunidades de bons negócios
  4. Ser estratégico para fazer o que ninguém ainda imaginou fazer, e ter visão dos desafios da jornada
  5. Ser capaz de demonstrar a viabilidade de execução dessa ideia, e a força para não desistir no primeiro desafio.

“Só quem introduz novas ideias no mercado é quem gera lucros – no caso, os empreendedores”, Joseph Schumpeter (1883-1950).

Mesmo distante dos dias de hoje, essa frase continua viva, necessária para o mundo dos negócios, e é por isso que todas as empresas devem ser capazes de criar uma cultura de inovação.

Te vejo na jornada.

1.“A inovação é a única garantia contra a irrelevância.” Gary Hamel

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Sono e produtividade. Quais os pontos em comum?


28/09/2022 Jorge Cesar Souza

Provavelmente, a produtividade seja um dos temas mais discutidos no meio corporativo atualmente. O profissional produtivo é valorizado e ganha especial destaque na organização.

Mas como nos tornarmos profissionais produtivos e capazes de alcançar grandes resultados? Desenvolver o autocontrole, liderar a equipe e realmente sermos diferenciados?

Logicamente que essa resposta não se resume a uma fórmula pura e simples, mas um dos componentes para o sucesso nos resultados refere-se à nossa capacidade de relaxamento.

No dia 18 de março comemora-se o Dia Mundial do Sono, criado pela Organização Mundial da Saúde. A verdade é que a relação entre sono e alta performance não se refere somente ao desempenho profissional. Está também ligada ao bem-estar e qualidade de vida. Isto porque o sono é uma condição fisiológica de atividade cerebral, natural e periódica.

O sono tem uma série de funções e é fundamental para manter o nosso organismo funcionando de forma adequada, proporcionando o equilíbrio psíquico, emocional e metabólico, além de restabelecer a disposição para realização das atividades diárias e exercer grande relevância no humor, pois a baixa qualidade do sono gera estresse e irritabilidade.

Logo, a pessoa que não dorme bem pode apresentar sinais de cansaço, ansiedade, falta de disposição, prejuízos à capacidade de memorização, cognição e desempenho motor. Estima-se que, a cada 24 horas sem dormir, uma pessoa diminua em 25% sua capacidade de realizar um trabalho mental.

Nesse contexto, como a qualidade do sono afeta o resultado das empresas?

Um dos fatores que provocam resultados insatisfatórios é o absenteísmo, que se caracteriza como o volume excessivo de faltas ou atrasos no trabalho, sendo responsável por uma significativa queda no faturamento e desempenho das organizações. Uma das causas dessa brutal queda é a privação do sono de seus colaboradores.

A insônia pode ser apontada não só como uma das causas de ausências ao trabalho, mas também como sendo responsável pelo alto índice de rotatividade, impactando na redução da carga horária de trabalho.

A título de ilustração, pode-se afirmar que, se ocorre na empresa um índice de absenteísmo de 20%, a grosso modo, a ideia é de que a empresa reduz em 20% sua força de trabalho.

Esse fator deve ser cuidadosamente analisado pelas empresas pois, certamente, um resultado muito abaixo da expectativa será alcançado, prejudicando sensivelmente os objetivos organizacionais.

Além disso, outros fatores que também impactam negativamente os resultados referem-se às despesas com rescisão de contrato, pagamento de férias e 13º salário proporcional, impostos e demais custos relacionados ao desligamento do colaborador, procedimentos do RH para desligamento do colaborador, custo atrelado à queda de produtividade do setor onde o profissional estava alocado em função da sua ausência no ambiente de trabalho, redução da produtividade da equipe em razão do impacto psicológico relacionado ao desligamento do colega e perda dos valores investidos com treinamento e desenvolvimento do profissional desligado.

O índice aceitável de absenteísmo circula entre 3 e 4%. Caso este número esteja acima da média, é preciso especial atenção por parte da organização. É fundamental que a empresa, com vistas na solução do problema, oriente seus colaboradores com o objetivo de eliminar ou pelo menos diminuir o impacto negativo apresentado em seus resultados.

Programas de orientação da importância da qualidade do sono devem ser desenvolvidos e comentários sobre o significado da higiene do sono e seus benefícios devem ser reafirmados.

O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE-PUCRS) define como higiene do sono uma série de procedimentos e posturas que estimulam o sono tranquilo. Exemplificando alguns desses tópicos: dormir apenas o tempo necessário para se sentir descansado (se com 8 horas já se sente bem, evite dormir mais do que 8-9 horas, mesmo que não tenha compromisso no dia), crie uma rotina de acordar sempre no mesmo horário – independente se for final de semana ou não – e, se você sofre de insônia, recomenda-se evitar tirar qualquer forma de cochilo ao longo do dia.

A prática regular de exercícios ajuda a regular o ciclo circadiano, mas é importante que esses exercícios sejam feitos em horários distantes do horário de dormir. Evite ingerir qualquer tipo de estimulantes depois das 18 horas, evitar fazer atividades muito estimulantes uma hora antes de dormir, procure praticar alguma forma de relaxamento (por exemplo respiração). Caso você tenha ido para a cama e não tenha conseguido dormir em 20 minutos, é melhor sair da cama e dar uma volta antes de tentar novamente (recomenda-se ler por alguns minutos, por exemplo).

Dessa forma, o bem-estar físico e mental será preservado e as vantagens serão evidentes para ambas as partes, empresa e colaboradores.

 

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O modelo de gestão participativa e os seus benefícios


24/08/2022 Geani Vieira

A palavra “urgência” ou o vulgo “pra ontem” tem se tornado cada vez mais frequente dentro das nossas empresas. O aumento da concorrência, a falta de matérias-primas, de mão de obra qualificada, a necessidade de estoques cada vez mais enxutos, a desorganização dos processos e a ansiedade dos gestores são alguns fatores que acabam fazendo com que quase todas as tarefas sejam “urgentes”!

Este movimento resulta em projetos mal planejados como fábricas construídas e paradas por falta de uma licença, serviços que não vendem, falta de máquinas suficientes para produções, ou o que é pior: “esquecimento” daquela necessidade básica do cliente que gera devolução e insatisfação, além do adoecimento dos nossos profissionais.

Mas como lidar com tantas dificuldades e problemas que surgem a todo momento? O modelo de liderança centralizadora deixou de ser (na literatura) o modelo mais adequado a ser aplicado, no entanto, o que vemos hoje dentro de muitas organizações são gestores quebrando a cabeça para encontrar a solução para praticamente tudo naquele famoso “deixa que eu resolvo”.

A gestão participativa faz parte das organizações que “enxergam” nos seus muitos profissionais uma fonte de conhecimento e um potencial riquíssimo a ser explorado. Estas organizações estabelecem ferramentas e métodos que possibilitam o envolvimento de todos os profissionais no estudo das soluções de problemas e na proposta de melhorias e inovações.

Este modelo de gestão envolve desde o nível operacional até o estratégico, gerando valor para a empresa através de uma simples organização de setor até a implantação de sistemas e inovações robustas que resultam em redução de desperdícios e retrabalhos, aumento da produtividade, otimização dos processos e desenvolvimento de novos produtos e serviços.

O modelo exige da empresa três aspectos importantes:

  • Processos estruturados com a definição e divulgação dos objetivos;
  • Cultura voltada para a escuta ativa e a abertura de espaços para comunicação.
  • Envolvimento permanente da liderança no sentido de mobilizar as pessoas para participação.

Várias são as formas de praticar a gestão participativa, iniciando pela mudança de atitude da liderança no dia a dia:

  • Delegando funções e responsabilidades;
  • Envolvendo a equipe no processo decisório da área;
  • Estimulando o compartilhamento de experiências entre os liderados.

Além das atitudes, existem programas formais de gestão participativa que vão desde uma simples caixa de sugestões até programas estruturados como o CCQ, Equipes Kaizen, entre outros.  Abaixo seguem algumas dicas para o sucesso na implantação destes programas:

  • Planeje o passo a passo da implantação;
  • Divulgue os objetivos e as regras do programa;
  • Estabeleça formas de reconhecimento (monetárias ou não);
  • Faça benchmarking conhecendo a experiência de outras empresas.

Minha experiência de mais de 20 anos com a gestão de equipes de melhoria mostra que os benefícios deste modelo são imensos. Dividido entre quantitativos – com a redução de custos, otimização de processo, implantação de inovações – e qualitativos – como desenvolvimento constante dos profissionais em conhecimentos, habilidades e atitudes. Experimente!

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