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Você fala só o que deve?


23/06/2023 Carla Mendes

Muitas vezes as pessoas falam bem, sabem impostar a voz, são expressivas, mas não são objetivas. O meio escolhido, o conteúdo a ser usado, é muito importante. As palavras, que são os signos que mais utilizamos, são acompanhadas de expressões corporais, como a forma de falar e a ênfase dada. Tudo isso compõe a mensagem.

Além de tudo isso temos que levar em consideração que há muitas interferências enquanto algo é comunicado. Interferências externas (barulhos, distrações do receptor, falta de interesse etc.) e interferências internas (nossos filtros do pensamento, a escolha das frases adequadas ao nível do receptor etc.). Desse modo, devemos focar na objetividade, para que possamos mitigar os chamados ruídos da comunicação. 

Podemos pensar que isso é muito difícil. Mas não é quando temos clara noção daquilo que queremos comunicar. A palavra-chave é FOCO. Imagine que eu sou a comunicadora e tenho um objetivo na minha cabeça. Peço para que você pense numa cadeira. Ora, cadeira é um signo conhecido e facilmente você irá compreender. 

Mas, o meu objetivo é que você pense em uma DETERMINADA cadeira. Então, preciso te dar mais elementos para que a minha mensagem chegue completa. Então, digo para você pensar numa cadeira que é de madeira, com assento e encosto de palha trançada e que num movimento ela vai para trás e para frente. 

Em qual cadeira você pensou? Na cadeira de balanço da vovó? Isso. Perfeito.

E como uma comunicação pode se perder? 

Quando comunicamos algo que gostamos muito ou sabemos muito sobre o objeto comunicado, podemos cometer um erro muito comum. Subestimar o receptor. Muitas vezes, por não considerar o conhecimento prévio do outro, acreditamos que os elementos oferecidos são pobres e acabamos sendo prolixos, desencaminhando a nossa comunicação.

Como isso ocorre?

Voltemos ao exemplo da cadeira. 

Se eu considero que os elementos que ofereci para você chegar ao meu exemplo de cadeira foram poucos e pobres, e/ou considerar que você não tem conhecimento prévio suficiente para chegar ao meu objetivo – pensar numa cadeira de balanço – acabo enriquecendo exageradamente as informações, me tornando prolixa e te desviando do objetivo da minha comunicação inicial.

Posso te dizer que essa cadeira está numa bela varanda, numa casa de campo, com um lindo pôr do sol. Pronto. Em que você está pensando agora? No pôr do sol? Na casa de campo? Nas suas férias? Na sua infância? Em qualquer coisa, menos na cadeira de balanço. 

Qual a dica? Conheça o seu público. Fale o que ele precisa ouvir. Fale somente o suficiente. Nem mais, nem menos. O melhor caminho para atingir seu objetivo é oferecer recursos imagéticos com histórias, com humor, exemplos, e faça isso com ênfase, com entusiasmo, presença e dessa forma irá alcançar o seu público de maneira efetiva e eficaz.

Leia Também: Você tem certeza de que tem medo de falar em público?

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