Liderar é um ato relacional porque envolve mais que estar à frente de uma equipe, sendo necessário desenvolver uma série de competências e ainda colocar em prática habilidades que estão diretamente ligadas a pessoas.
De fato a liderança é termo de estudo há vários anos, com “ondas” diferentes marcadas por características de cada época histórica.
A partir de 1960, o enfoque era sobre as contingências e os aspectos comportamentais. Porém, naquele tempo ainda existia a ideia de liderar por meio da recompensa, da punição e das trocas.
Neste artigo você vai entender efetivamente como a liderança é trabalhada atualmente, mas não apenas isso, também vamos falar sobre esse ato relacional citado no título e que será mais desenvolvido com o passar dos anos.
Boa leitura!
Liderar é um termo antigo, que surgiu por volta de 1911 com Frederick Winslow Taylor, sendo aplicado à administração.
Próximo dessa época, temos a primeira onda da liderança baseada na psicologia Freudiana.
O resultado foi uma percepção de características pessoais que dependiam de cada personalidade.
Porém, ao longo da história, novos conceitos começaram a surgir, dentre eles as tipologias de liderança. Isso ocorreu entre as décadas de 1930 e 1970. Neste período havia um interesse maior em pesquisar e categorizar os conteúdos, devido a dinâmica dos estudos e descobertas.
Como resultado, o ser líder não era algo completo, mas muito bem dividido a partir de estilos.
Já no início de 1960, a liderança começou a atingir novos patamares, chegando a aspectos comportamentais, ou seja, não era mais uma questão de personalidade, mas sim de comportamento.
Não à toa, foi neste momento que se intensificou a ideia de que os líderes deveriam atuar a partir de trocas, recompensas e/ou punições.
Em seguida chegou-se à época visionária e com uma percepção mais ampliada de futuro.
Depois da década de 1970, novas teorias começaram a surgir sobre o tema, mudando a forma como os líderes eram vistos e quais eram as habilidades essenciais a eles.
Os estudos dessa fase incluíram diversas alegorias, até com líderes sendo comparados a super-heróis. De lá para cá, novas ideias foram sendo desenvolvidas, muitos estudos chegaram a novos resultados e o conhecimento só progrediu.
Ou seja, todo o contexto histórico de cada período do tempo deu base para a ideia de liderança que temos hoje, com todos os seus princípios, mas, ao mesmo tempo, é apenas uma base, visto que a prática mudou muito e existem mais teorias, conceitos, métodos e ações.
Portanto, liderar é estar à frente, ser o exemplo, focar na inovação e não permanecer em uma bolha de conforto.
O que seria então a liderança como um ato relacional? É um processo que envolve colaboração, compreensão, entretanto, para entender melhor, é preciso compreender o que se refere cada palavra.
A liderança é definida como o ato de guiar outras pessoas, ser o exemplo e estar à frente, mas não significando ser uma posição de superioridade.
Relacional refere-se ao processo de colaboração estabelecido entre duas ou mais pessoas que têm algum tipo de ligação, neste caso, a relação refere-se ao ambiente de trabalho, organizações ou equipes.
Por outro lado, o ato relacional também pode ser compreendido quando aplicado a empresas que possuem muitos departamentos. Neste caso, as relações de trabalho são privilegiadas e funcionam unicamente através da colaboração, gerando uma completa igualdade.
Em outras palavras, é como se não existisse uma liderança, mas várias pessoas que contribuem para o equilíbrio e funcionamento da empresa.
Geralmente, o que acontece nessas situações é que existe o líder, que tem a posição afirmada.
Ao mesmo tempo, todos os outros colaboradores são tão importantes quanto e podem liderar outras pessoas.
Liderar é um ato relacional que abrange teoria e prática
Pode ser que você ainda esteja um pouco confuso sobre a relação entre liderar e o conceito de relacional, sendo assim, é importante considerar toda a teoria e como isso funciona na prática.
A teoria diz que liderar é um ato relacional porque envolve a colaboração mútua dos envolvidos.
Em resumo, isso pode ou não resultar em uma equidade entre os colaboradores. Mas na prática, isso significa que o líder deve ter foco nas relações, , valorizando o que cada um dos colaborados tem a dizer e oferecer.
Com essa percepção dá para entender que vai além da “posição”, pois envolve as habilidades, estratégias e competências do líder.
Tanto a teoria quanto a prática são voltadas para uma das aptidões mais essenciais em trabalhos em equipe: a escuta.
Antes de tudo, é preciso ouvir o outro sem que exista qualquer tipo de julgamento prévio, interrupções ou falta de respeito.
Mais a fundo, é preciso ter a empatia de entender e a inteligência emocional para compreender as situações mais adversas.
Dessa forma, liderar é um ato relacional porque não permite a personalização de críticas e valoriza o indivíduo, então, é possível avaliar, considerar as perspectivas e os contrastes nos discursos, nas ideias e nas opiniões.
Não é incomum pensar que o líder é o profissional responsável por gerir uma equipe, afinal, essa é uma das funções profissionais para motivar, manter os prazos, evitar erros e dividir tarefas.
Entretanto, liderar é um ato relacional pois vai além disso, é escutar e falar de forma a evitar e/ou resolver conflitos, mas não é apenas isso, é também prever situações, estar presente nos processos e ser o bom exemplo a ser seguido pelos demais.
Ou seja, tudo é uma relação de colaboração.
Sempre que um deixa de fazer o seu papel dentro da empresa, o outro pode ficar sobrecarregado e novos manejos podem ser necessários, cabendo ao líder elaborar uma reorganização para manter a ordem. Ou seja, um trabalho em conjunto.
Depois de ler este conteúdo, é certo que você encontrou algumas respostas que estava procurando. Aproveite e compartilhe o que achou com a gente.
Grande abraço e até o próximo tema!
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