Quando se pensava em inteligência, tínhamos, como referência, as avaliações de aprendizagem nas escolas tradicionais e os testes de Q.I. Ou seja, o Q.I. (Quociente de Inteligência) media a capacidade de se dominar o raciocínio, que hoje é conhecido como lógico-matemático. Porém, durante muito tempo, era o padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas.
No entanto, atualmente, medir o Q.I. não atende às necessidades de um mundo complexo e em transformação. Então, quais seriam as inteligências que o líder necessita ter para lidar com um mundo de incertezas e volatilidades? Vou te responder a essas perguntas no final desse artigo. Ao falarmos de inteligência humana, a tratamos como um potencial biopsicológico. Por isso, que, para que ela se desenvolva, vários outros fatores devem ser levados em conta, como a genética e o contexto social em que a pessoa vive.
Atualmente, temos muitos autores que dialogam sobre o potencial humano, a educação e suas nuances. Um dos mais renomados e reconhecidos internacionalmente é Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional e professor na Universidade Harvard, uma das melhores do mundo. Autor de mais de trinta livros e dezenas de artigos publicados, Gardner é conhecido na área educacional, principalmente, por causa de sua teoria sobre as inteligências múltiplas.
Então, me diga uma coisa: o que tem em comum alguém que tem facilidade com música, uma pessoa que se relaciona bem com as pessoas, outra que utiliza seu corpo para fazer movimentos corporais inimagináveis e aquela que você conhece que tem muita facilidade com idiomas? Todas elas utilizam suas reais competências e habilidades. De acordo com Gardner, cada um de nós tem um número de faculdades mentais que são relativas. Ou seja, todos somos diferentes, e a inteligência humana estaria dividida, de acordo com ele, em sete tipos:
Depois dos primeiros resultados, alguns anos mais tarde, foram adicionados mais dois tipos: a inteligência existencial e a naturalista. A existencial reflete sobre itens relativos à existência humana, utilizada muito por filósofos e pensadores. Já a naturalista está relacionada à forma de lidar e com o conhecimento da natureza.
A primeira implicação da teoria das múltiplas inteligências, é que existem talentos diferenciados para atividades específicas. Traduzindo, pessoas têm habilidades diferentes, em funções diferentes, o que dá ao líder a função de identificar as necessidades e habilidades de cada função e colocar a pessoa certa para exercer suas principais inteligências em cada função.
Vamos dar um exemplo: o inventor, físico e matemático grego, Arquimedes, teve grandes contribuições para o mundo, tinha excepcional aptidão lógico-matemática, mas, provavelmente, não dispunha do mesmo pendor para outros tipos de habilidade. Podemos citar um dos mais importantes artistas da história da música, Johann Sebastian Bach (1685-1750), que foi um músico, compositor e organista alemão. Cantores e a congregação criticavam a sua aspereza no trato com os integrantes do coro, e o que dizer de Cristiano Ronaldo e a sua incrível inteligência físico-cinestésica?
Acredito que temos capacidades que são natas, e as capacidades inatas são desenvolvidas pela educação que recebemos e pelas oportunidades que encontramos para lapidar nossos talentos. Porém, o ambiente pode sufocar ou estimular as habilidades de cada profissional. Portanto, entender a singularidade de cada um, para se capacitar de forma específica e identificar como cada um pode se desenvolver, é um trabalho importante, a fim de termos equipes com habilidades complementares e que possuam os recursos que necessitam para entregar alta performance, sem sacrifício.
Sabendo que cada pessoa precisa ser vista como uma potência a ser desenvolvida. Além disso, saber a intensidade, o nível de acompanhamento, a forma de abordar, o modo de acompanhar, tudo isso deve ser feito de forma individualizada e de forma sistêmica, para que eu, enquanto líder, olhe para cada membro da minha equipe como um contribuinte no todo da empresa, com o objetivo de termos resultados e satisfação pessoal andando juntos.
Sem dúvida, um bom líder é aquele que possui as seguintes inteligências:
LINGUÍSTICA, INTERPESSOAL E INTRAPESSOAL E EXISTENCIAL. De forma simples:
Pela própria natureza de suas descobertas, o trabalho de Gardner favorece uma visão integral de cada indivíduo, e a valorização da multiplicidade e da diversidade no ambiente de trabalho.
Assim, temos um sistema de ensino que ainda hoje valoriza quase exclusivamente a inteligência lógico-matemática e avalia que o que importa é o desempenho dos alunos em passar de ano, de estar na média, muito mais do que prepará-lo para as inteligências individuais e que vão gerar vantagem competitiva em cada um. Desse modo, disciplinas relacionadas às artes e esportes, por exemplo, ainda são apenas atividades extracurriculares.
Por fim, o teste de perfil, alinhamento de habilidades e o famoso bate papo, muito chamado de 1 a 1, irão ajudar o líder a desenvolver pessoas com o estímulo adequado em cada inteligência, e a mescla delas vai formar os melhores profissionais para as organizações. Sendo assim, como você tem contribuído para que sua equipe desenvolva as múltiplas inteligências? Quais são as suas? Está na hora de entender de pessoas, ser líder de gente!
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