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As cinco linguagens da valorização pessoal


01/12/2021 Flavia Elita

Qual é a importância da valorização pessoal?

A primeira valorização que de fato precisamos não é das pessoas à nossa volta, mas sim, A NOSSA, pois, quando nos valorizamos verdadeiramente, acabamos nos enxergando de maneira mais positiva. Nem eu, nem você ou qualquer outra pessoa gostaria de dedicar o seu melhor, o seu tempo, conhecimentos, experiências e habilidades e passar em branco a vida, não é mesmo?

Pensando nisso, precisamos reconhecer e listar quais são os nossos talentos, talentos, competências, resultados, esforços e, com isso, conquistarmos a autoconfiança para mostrar o nosso melhor ao mundo. Esse tipo de sentimento pode ser classificado como autorreconhecimento e é fundamental na nossa carreira, se estendendo a todas as áreas da nossa vida.

Só depois dessa autoanálise, precisaremos do reconhecimento das pessoas à nossa volta para nos sentirmos bem, importantes, amados e respeitados. Esse olhar de cuidado pode vir por meio de um elogio de um colega, de um feedback público do seu chefe, liderado ou colaborador, de uma promoção de cargo e/ou salário, ou mesmo de um amigo, parente ou desconhecido.

Em vista disso, essa filosofia pode ganhar grande relevância na empresa em que trabalha. No âmbito pessoal, esse tipo de lógica de pensamento também tem grande destaque, pois, contribui diretamente para melhorar nossa autoestima.

Eu, quando finalizo um atendimento ou uma aula, sempre recebo o reconhecimento de alguém, podendo ser por meio de abraços ou mesmo pelas palavras positivas que as pessoas dirigem a mim verbalmente ou por escrito. Isso não tem preço e não tem nada a ver com ego, mas com propósito e missão, e me faz muito feliz, pois esse é um verdadeiro sinal de que estou indo no caminho certo!

A famosa apresentadora de TV, Oprah Winfrey, fez um lindo discurso durante uma colocação de grau em uma das turmas da Harvard University. Ela disse o seguinte:

“Tenho que dizer que a lição mais importante que aprendi em 25 anos, conversando todos os dias com as pessoas, foi a de que existe um denominador comum em nossa experiência como seres humanos. O denominador comum que encontrei em cada entrevista é que queremos obter aprovação. Precisamos ser compreendidos. Fiz mais de 35 mil entrevistas em minha carreira e, assim que a câmera é desligada, todo mundo se volta para mim e inevitavelmente, cada um do seu jeito, faz a seguinte pergunta: “foi bom? ” Escutei isso do Presidente Bush, escutei isso do Presidente Obama, escutei isso de heróis e de donas de casa, escutei isso de vítimas e de criminosos. Escutei isso até da Beyoncé, de cima de seu salto alto…[Nós] todos queremos saber uma coisa: ‘Foi bom? ’ ‘Você me escutou? ’ ‘Você me viu? ’ ‘O que eu falei fez sentido para você? ’

Neste trecho do discurso da Oprah, o que fica claro é um ponto em comum: a valorização. Quando nós demonstramos que valorizamos alguém (seja um colega de trabalho, um cliente, um gestor, um amigo, um parceiro) estamos mais abertos a confiar e a nos conectarmos uns aos outros.

A seguir, veja algumas dicas práticas sobre como valorizar as pessoas, tanto no âmbito profissional, como no pessoal. Essas são algumas dicas simples, e você pode começar a aplicá-las hoje mesmo:

 

1- Ouvir:

Essencialmente, ponha o celular de lado e esteja presente e converse olhando nos olhos da pessoa. Ouvir é diferente de escutar. É prestar atenção e conduzir uma conversa com empatia, doando o seu tempo para o outro.

2 – Diga às pessoas o que você valoriza nelas:

Quando você deixa claro o que valoriza em um colega de trabalho, isso significa que você tirou tempo para observar e pensar nas qualidades que ele tem. Esse é um presente valioso e pode impactar positivamente em sua relação com a equipe, fortalecendo e criando laços de confiança.

3 –  Veja se as pessoas estão bem:

Pergunte às pessoas se elas estão bem, mas não com aquele diálogo para iniciar a conversa. Pergunte demonstrando interesse de entender qual é o momento que as pessoas da sua equipe estão vivendo e mostre que você realmente se importa em saber como elas estão.

As cinco linguagens da valorização pessoal

Segundo o autor Gary Chapman, o amor se associa com a valorização. Na primeira versão de seu estudo, o famoso livro As 5 Linguagens do Amor, fortemente voltado para casais e diversos tipos de relacionamento, coloca que amar é sinônimo de valorizar.

Ou seja, se eu amo alguém, isso significa que eu quero valorizar essa pessoa e, com isso, fazê-la se sentir especial ou importante em algum aspecto. Seus estudos continuaram com alguns outros focos, mas sempre falando do Amor enquanto Valorização até que Gary escreveu As 5 Linguagens de Valorização Pessoal.

Nessa obra, Chapman propõe uma visão mais equilibrada e, consequentemente, menos romântica a respeito do valor que cada pessoa possui para a outra nos relacionamentos, sejam eles pessoais ou profissionais. Neste momento, ficou bem mais “tranquilo” trazer este estudo para a contextualização de fenômenos no ambiente de trabalho e, principalmente, na liderança.

As pessoas possuem distintas linguagens de valorização, sendo extremamente importante conhecer qual é o método mais eficaz para valorizar cada pessoa, a fim de que haja um maior efeito do reconhecimento dado em relação ao desejado.

Quando entendemos que cada pessoa vive seus dilemas particulares e tem seu jeito de ver a vida e interpretar as experiências de acordo com o seu repertório, fica mais fácil nos relacionarmos de maneira mais leve. Assim, a forma como nos conectamos uns aos outros é uma das mais poderosas chaves para que isso aconteça.

As obras focam exatamente em como identificar com qual linguagem seremos mais assertivos ao nos conectarmos com as pessoas à nossa volta. Sendo elas: “As 5 Linguagens do Amor” – Um livro voltado ao âmbito dos relacionamentos pessoais, em que a associação da palavra amor possui um sinônimo com a palavra valorização;

“As 5 Linguagens de Valorização Pessoal” – Há uma interpretação menos romântica sobre como cada pessoa se sente valorizada e entrega valor para o outro. Dessa forma, fica um pouco mais fácil levar esse conceito para o mundo organizacional, visto que, aparentemente, temos uma certa dificuldade de falar abertamente sobre essa palavra cheia de significado que é o amor. Isso porque o estresse, a correria e a competição do mundo corporativo acabam influenciando o comportamento e os sentimentos das pessoas para que se sintam mais valorizados e a terem relações gratificantes no ambiente profissional.

Temos consciência de que ficamos mais tempo com os nossos colegas de trabalho do que com a nossa própria família, sendo frustrante passar o dia com pessoas completamente estranhas, sem ter a possibilidade de fazer amizades duradouras e criar vínculos verdadeiros.

Desse modo, as cinco linguagens do amor ou as cinco linguagens de valorização pessoal têm um papel fundamental em nossas vidas, pois, quando usadas adequadamente, viabilizam conexões mais profundas, que geram melhores resultados e integram verdadeiramente as pessoas. Posto isto, entenderemos, a seguir, quais são essas cinco linguagens.

1. Palavras de afirmação

Acredito que você já observou que existem pessoas que se sentem extremamente envaidecidas e valorizadas quando recebem palavras com mensagens positivas e elogios. Estou certa disso?

Então, desde já, posso ser sincera com você. Essa é a minha linguagem do Amor/da Valorização que mais me conecta com as pessoas, pois indica que estamos no caminho certo e que, o que fizemos ou fazemos, têm um propósito, e esse propósito está sendo alcançado.

Falar palavras de afirmação para alguém requer certo nível de empatia, e é por isso que, quando elogiamos ou encorajamos alguém, é importante que essas palavras sejam autênticas.

Exemplo:

  • Estou muito feliz por vocês fazerem parte da nossa equipe.
  • Você está radiante com essa roupa.
  • Você está com um desempenho maravilhoso. Parabéns pelo seu esforço e empenho!

Esse perfil de linguagem de valorização mostra pessoas que se sentem mais reconhecidas e valorizadas quando recebem palavras que emitam mensagens de reforço positivo, encorajamento ou motivação.

No entanto, é EXTREMAMENTE importante salientar que as palavras em si correspondem apenas ao conteúdo literal de uma mensagem. Isto é, é necessário observar o seu tom de voz e expressão facial e corporal, pois eles são canais muito poderosos e que também compõem e transmitem mensagens.

Perceba que, algumas vezes, nossas palavras dizem uma coisa, enquanto o nosso tom de voz afirma outra completamente diferente. Podemos, por esse motivo, enviar mensagens dúbias ou incongruentes, afetando, assim, toda a comunicação. Dessa forma, cabe, ao bom comunicador, alinhar o seu tom de voz e a sua linguagem corporal às palavras que ele verbaliza. Tenha muito cuidado, pois elogiar por elogiar, sem sinceridade, pode ser devastador e influenciar sua conexão com pessoas que tenham perfil.

2. Tempo de qualidade

Podemos observar que hoje, no mundo digital, a linguagem de valorização é a que menos está sendo valorizada nos últimos anos. Esse tipo de linguagem tem a ver com a atenção e o tempo que são dedicados a elas.

Tem a ver com passear juntos, escutar, dividir bons momentos e olhar no olho.

Também tem a ver com conceder a nossa total atenção à pessoa que queremos valorizar.

Por isso, enquanto as palavras de afirmação focalizam o que queremos dizer, o ato de ceder o nosso tempo e atenção para o outro focaliza em nossa disposição para ouvir.

Então, dentro das cinco linguagens do Amor ou cinco linguagens de Valorização Pessoal, o tempo de qualidade está na nossa capacidade de se dedicar a alguém com total atenção, sem interrupções, sem ficar olhando o WhatsApp, o Instagram ou os e-mails, ou atendendo o telefone quando alguém está te pedindo atenção.

É, a partir delas, olhar nos olhos, sem ficar desviando o olhar para prestar atenção na TV ou em algo que está à nossa volta. É uma conversa com uma escuta real.

Além disso, o aspecto do tempo de qualidade implica presença, não só física, como também a presença da conexão. Só que um cuidado muito importante a se ter é quanto à consciência do tempo que você tem e quanto você está realmente dedicando desse tempo às pessoas que deseja ou precisa valorizar.

3. Presentes

Gary Chapman observou que, em todas as culturas, o ato de presentear faz parte do processo de reconhecer e valorizar as pessoas com as quais nos relacionamos.

Na realidade, este processo vem sempre acompanhado do ato de conceder algo (tempo, elogios, carinho), só que, para algumas pessoas, há diferença quando o que é cedido pode ser tocado, não importando, na grande maioria das situações, se é caro ou se é barato. O que importa é o símbolo concreto, visual e palpável dessa ação.

Você muito provavelmente deve ter em sua casa um ou mais presentes que recebeu há muito tempo e que, se os ver ou e os tocar agora, com certeza, despertará em você boas memórias. É experimentada, dessa maneira, a sensação de ver amor /valorização materializado em um objeto.

A grande sacada de quem tem pessoas ao seu redor que gostam de receber presentes é não esperar datas especiais para presentear. Então, sempre que possível, faça uma surpresa para essa pessoa com um mimo ou algo que a faça compreender que você está dando aquele presente porque se lembrou dela.

Exemplo:

  • Traga uma lembrança da viagem que você fez
  • Dê um livro que diz respeito a algo que vocês estavam conversando
    recentemente.
  • Compre um bombom e deixe na mesa dela com um recado, ou até mesmo a
    mensagem por si só fará com que ela se sinta valorizada.

4. Atos e serviços

O ato de ajudar e de servir conta mais no processo de reconhecimento e valorização. Logo, se o seu parceiro ou colega tem essa linguagem como principal, então certamente existem tarefas que ele(a) irá gostar que você realize.

Do mesmo modo, se ele(a) estiver atarefado com alguma coisa e receber uma providencial ajuda sua, muito provavelmente isso suscitará o seguinte pensamento: nossa, como ele(a) se preocupa comigo e com o que eu tenho que fazer; . Portanto, para valorizar alguém com um ato de serviço, basta se preocupar mais com as coisas que ele faz ou tem que fazer e ajudá-lo com tarefas que você, muito provavelmente, sabe que ele gostaria que fizesse.

Mesmo que, neste momento, nós podemos estar simplesmente fazendo algo sem grande importância, elas gostam de receber esse tipo de valorização e têm uma sensação de serem importantes para nós, pois desprendemos o tempo valioso da nossa vida para olharmos para eles e os ajudarmos em suas demandas.

Exemplo:

  • Ajudar a carregar uma sacola.
  • Auxiliar na conclusão de um projeto.
  • Oferecer-se para repartir as atividades.
  • Consertar algo que não está funcionando.
  • Ofereça ajuda para concluir algum trabalho, relatório ou apresentação. Carregue algum material, abra a porta ou se ofereça para repartir as atividades.

5. Toques físicos

Segundo Gary Chapman, inúmeras pesquisas na área de desenvolvimento infantil denotam o quão importante é o toque físico para a comunicação do amor, no processo de valorização e na consequente construção da autoestima da criança.

Estudos comprovam que os bebês que são tomados nos braços, beijados e abraçados desenvolvem uma vida emocional mais saudável do que os que são deixados durante um longo período de tempo sem contato físico. O toque físico é, portanto, quando apropriado, um poderoso veículo de comunicação que diz o quanto você ama ou valoriza a pessoa ao seu lado.

O toque físico, para algumas pessoas, é algo essencial e que demonstra o carinho, amor e valorização que elas sentem.

É claro que, dentro das 5 linguagens do amor ou 5 linguagens de valorização pessoal, temos que tomar um certo cuidado com os toques para que eles não causem uma dupla interpretação ou se tornem inapropriados, causando constrangimentos e invasão do espaço do outro.

Quer dizer, é importante se atentar quanto ao fator cultural, principalmente no trabalho, no momento em que, em alguns países, é muito importante ter o discernimento para saber se o toque físico é realmente apropriado.

Exemplo:

  • Pessoas que gostam de toque preferem trocar o aperto de mão por um abraço.
  • Nos relacionamentos amorosos, são as pessoas que gostam de estar de mãos dadas, de cafuné, etc.

Para refletir

1) Qual é o maior aprendizado que você teve ao fazer a leitura desse artigo?

2) De que forma você poderá praticar ou aplicar esse aprendizado na realidade do seu dia a dia profissional?

3) Com base no resultado do teste, qual foi a maior percepção/descoberta que você teve a respeito de si mesmo(a)?

4) É necessário desenvolver em si mesmo(a) a habilidade de perceber o valor das demais linguagens? Talvez você não saiba lidar com elogios ou não goste dos presentes que ganha, não aceita (ou não agradece) quando os outros tentam te ajudar, etc. Qual é a linguagem que você pretende desenvolver?

5) Pense em três pessoas que você “reconhece”/”valoriza”, mas não tem tido a oportunidade de demonstrar isso recentemente. O que você gostaria de dizer, como gostaria de agradecer, parabenizar, presentear ou o que gostaria de fazer para demonstrar que valoriza cada uma dessas pessoas? Qual seria a melhor oportunidade para fazer isso? (Realmente faça, vai valer a pena!)

6) Organizando tudo: o que precisa ser feito ao longo dos próximos dias, ou até mesmo hoje, para transformar essas reflexões em ações que gerem mais satisfação e resultados melhores para você, seus colegas e a empresa? Releia suas respostas anteriores e anote: o que você fará? Como? (Até) quando? Seja prático, faça uma relação simples e se comprometa a realizar todas as ações da lista,

Conclusão

Espero fortemente que este artigo tenha oferecido reflexões importantes para o seu autoconhecimento, que você possa fazer bom uso dele e que continue investindo em seu autoconhecimento para ter uma vida mais próspera!

Leia Também: O Engajamento como fator de sucesso em uma franquia

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