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Liderança Sistêmica Humanizada


13/10/2021

Entre tantos modelos de liderança, do que afinal se trata a Liderança Sistêmica Humanizada?

Em uma rápida pesquisa no Google, buscando a palavra “Liderança”, surgiram mais de 37 milhões de resultados sugeridos. Desse modo, pode-se dizer que, dos temas mais discutidos no universo empresarial, a Liderança sempre encontra espaço para reflexões, pois, apesar do acesso às informações estarem tão democratizadas, ainda é comum encontrar estilos, modelos e práticas que se afastem do esperado padrão para a gestão de pequenas, médias e grandes empresas. Assim, falar de Liderança Sistêmica Humanizada, na atualidade, coaduna com um movimento cada vez mais crescente de insatisfação com o mundo corporativo, que tem ganhado força em muitos fóruns de discussão sobre saúde, satisfação no trabalho e propósito de vida, sobretudo nas organizações.

Pode-se dizer que liderança é um ofício de coragem, é uma viagem de travessia complexa, pois representa uma caminhada em que se partilha frutos bons. No entanto, o compartilhamento de remédios amargos não é incomum, além disso, a forma como lideramos influencia diretamente em tudo que fazemos: como conduzimos nossa vida, nos relacionamos com os outros e atingimos a nós mesmos e aos outros. Dada a sua importância, vemos que debates sobre esse tema são centrais em muitas rodas de conversas, e sua dinâmica de funcionamento tem sido motivo de estudos, suposições, fórmulas e atividades, às vezes, audaciosas, sempre no sentido de trazer a razão para os sucessos ou insucessos cometidos no mundo corporativo. Posto isto, a verdade é que a atividade de funcionamento das organizações está centrada, de fato, no Ser Humano com suas lideranças e, desse lugar, muitas pessoas alcançam excelência ou são motivos de queixas recorrentes que atingem não apenas as performances e os resultados, mas alcançam a dimensão do corpo, principalmente, da saúde.

Então, sendo o estilo de liderança tão influenciador, por que ainda são escolhidos modelos obsoletos para serem seguidos? Ou ainda, como reconhecemos um bom líder? Poderíamos dizer que um líder é aquela pessoa que assume sua própria vida, que tem coragem de transformá-la e, de tão bom, acaba sendo um espelho e forma de estímulo para pessoas que convive. Um líder assume riscos, inova, experimenta e percorre caminhos desconhecidos com a coragem de confiar em si mesmo e na sua equipe, então, quando se fala em características de um líder, aqueles que se destacam têm, em seu DNA, a visão de futuro e a capacidade de aglutinar as questões relacionadas à gestão de forma sistêmica e humanizada, sendo exemplos para os outros, além de pacientes para ouvir e possuidores de sabedoria para conduzir a sua vida e a do seu time de maneira assertiva.

Assim, nesse aspecto, ser um líder de referência não nos parece uma tarefa comum. Por isso, proponho o viés da Liderança Sistêmica Humanizada como uma forma de modelo de gestão concatenada com as demandas atuais, em que a volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade circundam o dia a dia das pessoas. Ou seja, a discussão aqui abordada faz um paralelo entre o Ser humano e as Organizações, ambos como estruturas vivas, sendo constituídas por 4 dimensões: corpo, emoção, mente e espírito, todas inseridas na dimensão social. Vale destacar que esse texto tem por objetivo elucidar sobre os aspectos que formulam a Liderança Sistêmica Humanizada e, para isso, se faz necessário conhecer os paradigmas de cada pensamento e como eles são expressos nas organizações:

Paradigmas da Física Clássica

Paradigmas da Física Moderna

Visão Mecanicista

Visão Sistêmica

Pensamento Linear

Pensamento Holístico

Rigidez

Flexibilidade

Percepção dualista

Percepção integradora

Fragmentação

Unicidade

Estrutura hierarquizada

Estrutura em rede

Liderança centralizadora e autoritária com pouca receptividade a feedback

Liderança compartilhada com abertura para troca de feedback

Relações competitivas e exploratórias

Relações cooperativas e solidárias

Voltado para o desenvolvimento técnico

Voltado para o desenvolvimento integrativo

Fonte: Leda Regis e Maria Vilma Chiorlin

 

Por isso, assim como nosso corpo, as organizações precisam ter todas as suas dimensões em harmonia, em equilíbrio e, para tanto, a Liderança Sistêmica Humanizada vai buscar alinhar tais dimensões integralmente, conforme podemos ver a seguir:

I – Na Dimensão Corporal – física e material, busca alinhar/propagar

  1. a cultura organizacional;
  2. a estrutura física das instalações e tecnologia empregada;
  3. a visão de sustentabilidade dentro da organização.

II – Na Dimensão Emocional – busca alinhar/potencializar/estabelecer

  1. as relações das pessoas com a empresa, com o seu propósito e o seu trabalho;

  2. a importância e a conscientização sobre as relações interpessoais;

  3. uma forma sobre como as pessoas são acolhidas na organização;

  4. padrões sobre como as pessoas serão mantidas na organização (remuneração, reconhecimentos, estímulo ao desenvolvimento pessoal e profissional);

  5. uma forma de comunicação entre a alta administração e os colaboradores e entre os colaboradores;

  6. busca estabelecer critérios que garantam a positividade no clima organizacional a partir da expressão das emoções, bem-estar, prazer e entusiasmo.

III – Na Dimensão Mental – plano racional das ideias, das leis, das regras e papéis, busca entender/compreender:

  1. como a organização se expressa por meio do seu organograma formal e informal e, dessa forma, sobre como o poder é exercido;
  2. a ordem e procedimentos são estabelecidos;
  3. como as crenças modelam os comportamentos padronizados;
  4. a estrutura de papéis e carreira dentro das organizações.

IV – Na Dimensão Espiritual – busca alinhar/potencializar:

  1. os valores na missão e nos princípios da empresa;
  2. a singularidade e a diversidade humana dentro das organizações;
  3. a auto responsabilização e a empatia no âmbito organizacional;
  4. a distribuição equilibrada dos lucros.

Como propósito, a Liderança Sistêmica Humanizada visa unir toda a potencialidade humana, observando e trabalhando nas dimensões da mente, da emoção, do corpo e do espírito, inseridos no contexto sócio-organizacional, como já explicitado aqui. Desse modo, nessa circunstância, os resultados esperados para o uso desse modelo de liderança são:

Dessa forma, dentro dessa perspectiva, a proposta do modelo da Liderança Sistêmica Humanizada não propõe ser apenas filosófica, visto que encontra campo para atividades realizáveis, visando trabalhar pilares basilares das organizações, diagnosticando e propondo ações de melhorias conforme a seguir:

Finalmente, entender a proposta do modelo é o primeiro passo para pensar sobre como atuar a partir de uma liderança que deve compreender que uma empresa é um organismo vivo, composto de pessoas e, portanto, que há uma interligação entre as partes e o todo, exigindo, da sua performance, uma capacidade volátil e ágil, mas, sobretudo, humana no mais literal sentido da palavra.

Leia também: Líder, o problema é você! Porém, a solução está em suas mãos.

 

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