Antes de mergulhar no tema deste artigo, vamos ampliar a nossa percepção sobre o protagonista do tema: o engajamento corporativo.
O engajamento corporativo engloba praticamente tudo:
Não há pleno desempenho sem pleno engajamento. Então, a pergunta que fica é: por que é tão difícil conquistar o engajamento nas corporações?
A própria definição da palavra no dicionário da língua portuguesa mostra a sua complexidade:
Engajar é um verbo da língua portuguesa referente ao ato de participar de modo voluntário de algum trabalho ou atividade
Eu também gosto de dizer que “engajamento é fazer por livre e espontânea vontade o que precisa ser feito”. Perceba que a palavra de ordem do engajamento corporativo é liberdade.
Fazer porque deseja fazer. Isso independe de gostar ou não gostar do que precisa ser feito. O fator crucial é o querer fazer, mesmo que isso implique em um grande esforço.
Para tanto, precisamos avaliar esse esforço:
Aquele esforço que vem da dedicação física e mental, da entrega, dos prazos, etc.
Aquele decorrente da luta interna contra o “não querer fazer”. O desejo de rejeitar a atividade, de recusar o compromisso, a tarefa.
Quando o esforço é emocional, é um grande sinal de que não há engajamento genuíno, e sim um fator externo que nos obriga a realizar determinada ação.
A maioria das pessoas não consegue lidar bem com essa questão e passa uma vida lutando contra os seus desejos de não fazer em vez de aprender a transformar a sua participação. São essas pessoas que aceitam uma vida medíocre, com poucas realizações.
E não estou falando ainda sobre realizações financeiras, metas; refiro-me apenas ao sentimento de realização — algo valioso, que enobrece a alma.
Para que você entenda de fato o que é o engajamento corporativo, preciso insistir em uma frase que venho defendendo em diversos debates nos mais diferentes contextos organizacionais:
VOCÊ NÃO VAI DAR RESULTADO O TEMPO TODO!
Uma frase óbvia, mas que precisa ser enfatizada nos tempos atuais. A pressão por resultados está despertando nas pessoas a síndrome do super-herói. E os gurus da motivação e do empreendedorismo ajudam a disseminar esse conceito devastador.
A fórmula é simples: “O homem que saiu do fundo do poço e conquistou a lua”. E tudo isso envelopado por fotos incríveis e vídeos muito bem produzidos que vendem a ideia: “SEJA O NÚMERO 1”.
Isso precisa parar! As pessoas estão acreditando que não podem ter fraquezas e que os seus resultados atuais não valem nada.
A fórmula para essa turma faturar é simples: faça as pessoas acreditarem que elas nunca estão fazendo o suficiente. Isso vende muito!
A questão é que nós estamos criando um exército de pessoas frustradas em busca da fórmula mágica, do atalho que lhes permita enriquecer trabalhando quatro horas por dia de qualquer lugar do mundo.
O que estou dizendo é muito simples: você vai sentir medo, angústia, vai ter vontade de desistir, vai tomar decisões equivocadas, perder dinheiro, noites de sono…mas isso não vai tirar o seu valor.
Em resumo, quero que você se concentre em um conceito simples:
Aliás, ninguém dá resultado o tempo todo. Isso é uma falácia. O que acontece é que as pessoas não contam os seus tropeços, os seus erros — afinal, isso não vende.
Nós possuímos uma energia que nos rege. Lembre-se disso: apenas UMA energia. Essa energia é alimentada pela nossa atuação em todas as áreas da vida: carreira, família, saúde, finanças, espiritualidade, enfim, tudo aquilo que tem valor para nós. Naturalmente, se alguma área não está bem, isso afeta o nosso equilíbrio e impacta em nossa energia.
Então, é inevitável que o nosso desempenho seja afetado em diversos momentos. Isso é bom? Claro que não, mas é inevitável, e precisamos conceber essa realidade, ou viveremos frustrados, negligenciando nossas emoções e não entregando resultados mesmo assim.
Você não precisa entregar resultado o tempo todo para ser engajado. Engajamento é estar conectado a algo maior, que dê sentido as suas ações e suporte a sua energia, mesmo quando as coisas não estão indo tão bem.
Estar engajado com algo maior significa que você sabe o porquê de estar fazendo o que precisa ser feito, mesmo sem querer fazer.
É normal que em qualquer profissão existam funções que adoramos fazer, outras que gostamos menos e até mesmo aquelas que odiamos.
Aquele que não conquistou o engajamento corporativo, tem uma forte tendência a postergar as coisas e deixar a sua produtividade despencar. Já, aquele que está conectado com algo maior, ou seja, com a sua carreira e realização pessoal e profissional, vai se comprometer com as atividades necessárias, pois sabe que esse é o único caminho para alcançar os seus objetivos.
Longe disso! Engajamento é estar presente e focado nas horas que você dedica ao trabalho.
Engajamento é fazer o que precisa ser feito. E fazer isso pela sua carreira, pela valorização da sua história e construção da sua reputação.
Muitos irão lhe trazer fórmulas mágicas para ser bem-sucedido e conquistar uma vida plena. Fuja disso! O engajamento é uma questão pessoal.
Você se conecta com aquilo que importa de verdade para você, e a partir de então faz o que precisa ser feito. Isso sim lhe pertence.
Fuja das fórmulas mágicas e construa o seu próprio caminho!
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