Conseguir exercer a tripla função de mãe, mulher e dona de casa, e ainda adequar com a carreira, é um malabarismo que nos exige equilíbrio e autoconhecimento.
É preciso jogo de cintura para conciliar trabalho e família. E ainda há quem fique na eterna dúvida: ser mãe ou ser uma profissional bem-sucedida?
É preciso ter em mente que a maternidade ainda é um grande obstáculo para a carreira das mulheres. Além dos grandes entraves culturais e, infelizmente, muito preconceito, ainda está fortemente intrínseca em nossa sociedade o padrão machista, retrógrado e discriminatório de que o homem é quem sai para trabalhar e que lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos.
Os tempos estão mudando e essa cultura precisa ser formatada, pois a mulher moderna divide com o homem o orçamento familiar e, em razão disso, também precisa trabalhar para pagar contas. Tornamo-nos, igualmente, provedoras.
É evidente que existe uma pressão, ainda que disfarçada, a desfavor da natalidade e com a posição de que não é lucrativo arcar com os custos da licença maternidade, que exige uma reposição da funcionária, assim como liberá-la de sua jornada regular, que fica encurtada para amamentação.
Ainda, acrescenta-se o mito de que a mulher possa perder o ritmo e até se desatualizar quando se torna mãe. Puro preconceito.
A maternidade não impede reciclagem e tampouco emburrece, pelo contrário, a maternidade desenvolve na mulher habilidades (ou soft skills) que podem ser usadas inclusive na vida profissional: esforço e sacrifício, gestão de recursos, comunicação, liderança, capacidade de improviso, de assumir riscos… são algumas dessas habilidades que as mães se tornam “experts” e carregam em suas “bagagens”!
Felizmente, um novo olhar vem surgindo e há empresas sensíveis à questão da maternidade, apoiando e contribuindo para que as mães possam desempenhar seus papéis com menos sofrimento, culpa e angústia, em ambos os ambientes.
Acredito que o futuro será feito por organizações que entendem a equidade de gênero como poderoso instrumento para alavancar ambientes, negócios e culturas. E eu escolhi ajudar as empresas a avançarem olhando, principalmente, para um dos fatores (dentro da equidade de gênero) que impedem a evolução profissional das mulheres: a maternidade.
Não é um obstáculo, pelo contrário, é um poderoso impulso. Que possamos olhar sob essa visão para que não tenhamos que responder à pergunta: carreira ou maternidade?
Ângela Guarita
Psicóloga, Coach e Educadora Executiva
Mãe da Gabriela e do Guilherme
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